Noite de São João
De todas as festas, a minha preferida!
Em maio, as crianças começavam a ser recrutadas para os ensaios da quadrilha e a alegria tomava conta da rua.
Eram assim todas as tardes, até 24 de junho: pura expectativa!
Na semana do são João, meu pai preparava a imensa fogueira, os vizinhos empenhados, faziam bandeirinhas, arrastavam bambus pra ornamentar a rua e a gente desejava que nunca acabasse a festa!
Anchieta era, o melhor lugar do mundo, com seus balões coloridos, cheiro de lenha queimando, enquanto o forró de pé de serra animava o que, pra mim, era multidão.
Ah, o dia 24!
Esta nostalgia toma conta de mim todos os anos.
Hoje, de um jeito um tantinho triste, pelos que se foram, muito que mudou e não haver mais a inocência das lanternas de papel fino.
As implicâncias de vizinhos dava lugar a uma convivência quase irmã, tudo pra festa dar certo.
A noite mais linda do ano, era a mais fria!
Naquele tempo, o termo: "a batata tá assando", era mesmo a doce, na fogueira...
Não pensei que haveria um dia sem festa junina na vida!
Criança tem o dom divino de não pensar no amanhã e se deixar levar pela magia do hoje, sorvendo ao máximo, o instante!
Fui criança assim: inocente, sonhadora, embalada pelas canções de junho.
"O balão vai subindo, vai caindo a garoa, o céu é tão lindo e a noite é tão boa! São João, são João, acende a fogueira, no meu coração!"
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