Deise Batista - Jornalista

Há muito tempo não sinto tanto orgulho da minha cidade.  Durante anos fomos reféns de uma polícia mal comandada e sem ação contra o tráfico. Não está sendo fácil ver o terrorismo queimando carros e ônibus pela cidade Mas, numa guerra, só não podemos recuar. A união decisiva entre as polícias e as forças armadas Inundou o Rio de Janeiro com uma esperança nunca vista antes: pacificação. Vivemos tantos anos sob o domínio dos assaltantes e dos traficantes... para nós, uma solução era impossível. Mais uma vez, a união fez a força e, neste aspecto, os parabéns também se estendem aos moradores das comunidades que, além de apoiar as forças unidas contra o tráfico, fizeram parte integrante do sucesso, inundando o disque denúncia com importantes informações. Hoje, me sinto orgulhosa; lindo ver a Bandeira Nacional e a Bandeira do Rio de Janeiro no alto do teleférico do Complexo do Alemão. Acabou o terror e as poucas resistências serão apagadas. Prenderam o

É difícil ver na TV a guerra urbana que tomou conta do Rio de Janeiro.  Apesar de difícil, infelizmente, tornou-se necessessário. A cidade abandonada aos traficantes, adormeceu, enquanto cresciam as favelas, a corrupção e o tráfico de armas e drogas.  No tempo em que o Rio dormiu, o crime cresceu e, quando as autoridades acordaram, o que poderia ser controlado pelas Polícias Militar e Federal, agora virou operação de guerra, com blindados da Marinha e todo o efetivo policial do Estado, incluindo o BOPE, concentrado na Penha. Imagino as famílias que moram nas comunidades, seu desespero. Entregues à violência dos traficantes, viram alvo de qualquer bala, até mesmo a bala que deveria atingir os bandidos. Imagino as crianças deitadas no chão, olhos arregalados, cheias de medo e sem culpa. De outro lado, vejo uma população assustada, obrigada a conviver com a queima de ônibus, carros, motos; arriscando a vida para ir e voltar do trabalho. O efetivo policial enor