Não confie em homens de terno e gravata

Este era o conselho de minha avó Elza. 

Que me perdoem os executivos, nada pessoal, mas, aquele conselho sempre me acompanhou.

Na vivência de minha avó, moradora do Estácio, no Rio de Janeiro, alguma coisa negativa foi marcante e quem cometeu, usava terno e gravata.

Naquela época, ali por 1920, a desconfiança balançou seu coração e ela adotou essa súmula contra o terno, a gravata e, de uma certa forma, os homens.

Nos anos 20, terno, gravata e sapato engraxado, eram o jeans, camiseta e tênis de hoje. Então, na realidade, o conselho de minha avó era: nunca confie em homens!

Cresci, vivi 50 anos e ainda ouço essa sentença. Engraçado como algumas coisas ficam tão marcadas.
Claro que a roupa não define o homem e, aqui, falo não de gênero e sim de ser humano. O que eu visto, não define meu caráter e não me impede de cometer erros até mesmo com quem amo. 

Então, melhor é viver sem carregar conceitos pré estabelecidos. Tenho uma natureza desconfiada, mas, sempre dou ao outro a possibilidade de ganhar meu próximo passo.

Quanto ao conselho de Dona Elza, hoje, deixo fixado na figura do homem público... políticos, juizes; infelizes figuras de terno e gravata, carregados de erros intencionais e ausência de consciência. Todos, invariavelmente, abomináveis, detentores do bem e do mal, lavados, passados e engomados na falta de limites, distantes, cada vez mais, de sentimentos humanos e vergonha; cheios de empáfia, ironia, arrogância, ternos e gravatas.
#DeiseBatista-Jornalista

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