SILÊNCIO... RECONSTRUÇÃO... ESPERANÇA..


A minha postura na tragédia é de silêncio. Não busco culpados. (Normalmente as autoridades, nestas ocasiões, são citadas como responsáveis). Não vou por esse caminho. Creio que o silêncio só deve ser quebrado pelas palavras de oração. Deus tem seus caminhos nas tragédias e tormentas. Como explicar? Como entender? Quando leio a coletânea de hinos nos salmos percebo que a consternação, a indignação, devem ser proferidas diante de Deus. Há um lugar em que podemos desabafar, questionar, e chorar, este lugar é o lugar da oração a Deus. “Deus meu, Deus meu, por que me desamparastes?” – disse Jesus na hora da calamidade. “Onde estás Deus?” – é o que muitas vezes perguntamos neste momento. Quando falo do silêncio não me refiro a uma resignação “burra” que aceita tudo como se tudo viesse do destino atroz. Uma auto-análise deve ser feita pela nossa sociedade consumista que cresce sem planejamento.
Como a fé sem obras é morta assim a oração desacompanhada da ação solidária é hipócrita. A oração e o trabalho de reconstrução são necessários. Não só a reconstrução da estrutura física e material, mas a reconstrução das almas amputadas que sobreviveram a essa tragédia também são necessárias. Famílias inteiras foram desfeitas, outras sofreram cortes na alma, rupturas sem anestesia. Sinto o pesar de Deus diante dessas multidões desconjuntadas e desgarradas, sem lar e refúgio.
Na tragédia milagres acontecem e o milagre da esperança é um deles. Pessoas que renascem das cinzas como Fênix. Pessoas que estão no fundo do poço e são catapultadas para a superfície. Pessoas que encontram motivações para prosseguir. Deus cuide de cada uma dessas almas nesse momento de infortúnio.
Por: Eber Jamil, Pr.

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