Peixes Podres

Vi no noticiário da tarde, imagens que me deixaram preocupada: descendo o Rio Solimões, afluentes e igarapés, as águas se transformaram em depósitos de peixes em decomposição. Você que já virou o rosto ao passar pela porta de uma peixaria, ou numa rua em final de feira; pode imaginar o odor insuportável que as pessoas que vivem naquelas localidades estão enfrentando. Entre as imagens, um grupo de crianças, sendo transportadas por um barco que navegava sobre os peixes mortos, me chamou a atenção: meninos e meninas cobriam o nariz com toalhinhas, para suportarem o trajeto até a escola. Diante disto, me ficam algumas questões: a quem a população indígena e os ribeirinhos se reportam para que passe a “embarcação de lixo” e recolha os milhares de peixes podres do rio? Aqui no Sudeste, mais especificamente Rio de Janeiro, levam dias para que a Comlurb apareça quando solicitada para alguma ocorrência. Imaginem na Amazônia? Crianças, jovens, pessoas doentes, idosos, todos inala...