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Mostrando postagens de janeiro, 2011

O que dizer? Ao mesmo tempo, não posso calar...

Um lugar aprazível, gente acolhedora, clima gostoso, friozinho à noite...lugar tão bom pra morar. É impressionante imaginar o mundo desabando sobre nossas cabeças, mas, foi exatamente isto que os moradores de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis e cidades vizinhas viveram. Num estalar de dedos, a serra partiu-se em fendas, encobrindo e engolindo pessoas com uma fome voraz, sem aviso, sem tempo, sem trégua. Sinto-me ignóbil, vontade de saber voar e dar a mão àquelas pessoas que não encontram sorriso pra dar, mas precisam tanto receber. Vontade de abraçar uma a uma e tentar dizer que não estão sozinhas. Hoje vi crianças em um hospital; algumas em choque, outras com um ponto de interrogação tão claro na frente do rosto..."o que aconteceu?"..."onde está minha mãe?"... Vi a diretora de um hospital dar entrevista à uma TV, em meio à lágrimas e, quando o médico se mostra humano, é a face da tragédia, mais forte do que ele mesmo, que o empurra contra o jalec

SILÊNCIO... RECONSTRUÇÃO... ESPERANÇA..

A minha postura na tragédia é de silêncio. Não busco culpados. (Normalmente as autoridades, nestas ocasiões, são citadas como responsáveis). Não vou por esse caminho. Creio que o silêncio só deve ser quebrado pelas palavras de oração. Deus tem seus caminhos nas tragédias e tormentas. Como explicar? Como entender? Quando leio a coletânea de hinos nos salmos percebo que a consternação, a indignação, devem ser proferidas diante de Deus. Há um lugar em que podemos desabafar, questionar, e chorar, este lugar é o lugar da oração a Deus. “Deus meu, Deus meu, por que me desamparastes?” – disse Jesus na hora da calamidade. “Onde estás Deus?” – é o que muitas vezes perguntamos neste momento. Quando falo do silêncio não me refiro a uma resignação “burra” que aceita tudo como se tudo viesse do destino atroz. Uma auto-análise deve ser feita pela nossa sociedade consumista que cresce sem planejamento. Como a fé sem obras é morta assim a oração desacompanhada da ação solidária é hipócrita. A

Como assim... Obama?!?!

Alguém me dê um beliscão ou coisa parecida porque, sinceramente, espero estar num pesadelo e ter tempo de acordar. A política nunca foi tão desavergonhada! Disseram que Obama tinha mérito para receber o Prêmio Nobel da Paz, por “esforços extraordinários para fortalecer a diplomacia internacional e a cooperação entre os povos”... O bom paulistano diria: “num tô intendêindo!” Os EUA são declaradamente uma potência explosiva, mantém soldados em guerra frontal no Iraque, infiltram espiões em diversos países; Brasil, por exemplo. O “grande irmão” da América do Norte vigia cada passo dos outros governantes do mundo, pronto para sacar uma faca, sempre afiada, para carregar entre os dentes e sangrar, em silêncio, qualquer um que “atrapalhe” o jeito americano de ver as coisas. A águia, símbolo do país, não tem penas, aliás, político americano não tem pena de ninguém, a não ser dele mesmo. Ameaçou a soberania americana, um abraço! Obama não tem nem mesmo um ano como pr

Peixes Podres

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Vi no noticiário da tarde, imagens que me deixaram preocupada: descendo o Rio Solimões, afluentes e igarapés, as águas se transformaram em depósitos de peixes em decomposição. Você que já virou o rosto ao passar pela porta de uma peixaria, ou numa rua em final de feira; pode imaginar o odor insuportável que as pessoas que vivem naquelas localidades estão enfrentando. Entre as imagens, um grupo de crianças, sendo transportadas por um barco que navegava sobre os peixes mortos, me chamou a atenção: meninos e meninas cobriam o nariz com toalhinhas, para suportarem o trajeto até a escola. Diante disto, me ficam algumas questões: a quem a população indígena e os ribeirinhos se reportam para que passe a “embarcação de lixo” e recolha os milhares de peixes podres do rio? Aqui no Sudeste, mais especificamente Rio de Janeiro, levam dias para que a Comlurb apareça quando solicitada para alguma ocorrência. Imaginem na Amazônia? Crianças, jovens, pessoas doentes, idosos, todos inalando peixe

O Coronelismo do Século XXI

Mobilização em dia de votação na Câmara Municipal Saiu hoje no jornal O Fluminense: "Vereador de Maricá diz que foi ameaçado de morte." O vereador Luciano Rangel Jr (PSB), atual vereador e Presidente da Câmara Municipal de Maricá, registrou, na 82ª DP, um pedido de quebra de sigilo telefônico, para comprovar suposta ameaça de morte: “Recebi telefonema do prefeito me ameaçando e a minha família de morte”, disse, acrescentando que pedirá proteção policial. Segundo Luciano Rangel, ainda há outra ameaça que lhe foi feita pelo atual vereador Uiton Viana Filho (PSB), o júnior do vice-prefeito Uilton Viana. Esta ameaça, por incrível que pareça, foi confirmada pelo vereador "Uiltinho" (a turba se acha tão dona do poder que, até crime é anunciado nos alto falantes)! Como sempre, Quaquá deu uma declaração onde qualifica Luciano Ragel como "brincalhão" e garantiu que não ameaçou ninguém. O fato é: verdade ou não, Maricá continua um feudo. Há anos, as mes

Chegou a nossa vez...

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Quantas vezes você gosta de ouvir a mesma história? Pode ter graça ou ser catastrófica quando contada, pelos menos, até três vezes, depois disso, vira deboche. Não sei, francamente, o que impede o Ministério da Saúde e as Secretarias Estaduais de tomarem providências efetivas a respeito deste mosquito que tanto consome nossa atenção no verão. Há tempos não vejo agentes de saúde fazendo prevenção da Dengue nas casas e, há muito muito tempo, não ouço o som dos carros fumacê que passavam espalhando veneno, para tentar minimizar a infestação do Aedes Aegypt. O Governo federal só toma providências quando surge, através da Imprensa, alguma notícia tenebrosa com relação à doença, já esperada pelos cidadãos, como criança que espera Papai Noel e Coelhinho da Páscoa. Neste caso, Papai Noel tem pernas longas, pintadinhas e existe! Li no Portal Terra, uma notícia sobre o alerta do Ministério da Saúde para uma espécie de Dengue que já não era registrada há, pelo menos, 28 anos: Dengue ti